"Um prédio reduzido a entulho
As pessoas passavam por ele e se incomodavam com a sujeira,
Mas não lembravam como ele era antes,
Com aquele seu esplendor e grandeza
Um prédio construído e destruído rapidamente
Destruído por descuidos em sua principal fortificação,
Em seu coração
Um prédio grande, belo
E aparentemente tão forte,
Derrubado em sua primeira ventania
Algum tempo depois, tentaram construir,
Não um prédio igual, mas semelhante,
Menor, mas com igual esplendor.
E aquela mesma ventania,
Agora mais forte, voltou
E derrubou aquele novo prédio.
Depois disso... Cansaram de reconstruí-lo."
By
Ana Luiza Pigosso
Prédio são os nossos sentimentos.
Após ser abalado, jamais voltará a ser o mesmo. Pode voltar, sim. Melhor ou, mais frequentemente, pior, muito pior.
Mas, assim como o prédio, se o sentimento não for sólido, consistente, não estiver bem
alicerçado, então não adiantará remendar.
Ruirá novamente. De novo e de novo.
Acumulados os entulhos podres do antigo prédio, ou dos ressentimentos, mesmo que algo tente maquiar o que passou, precisará antes de mais nada, de uma grande limpeza. Aterramento, concertar o solo, retirar os detritos e cada dor sofrida. A pena é que há ferimentos que jamais cicatrizam, assim como o terreno de nosso prédio.
Então, com esse acúmulo de restos fétidos, somente fará com que a próxima não seja suportável.
A tempestade levará tudo. A natureza saberá.
E é em meio a essa confusão de idéias que o coração se cansa.
Com essa abundância de metáforas e comparações que passamos a entender como é a vida.
Aliás... pode ser difícil, mas é possível entender.
Se alguém conseguir, me ensine.